Nas Curvas da Graciosa

Na última Páscoa aproveitei os feriados e, juntamente com minha esposa, fomos para Curitiba onde ficamos hospedados na casa de uma tia dela.

A idéia da viagem seria incluir no roteiro a Estrada da Graciosa, lugar que sempre tive vontade de conhecer, porem  sem nunca ter tido a  oportunidade.

Quando estava tudo confirmado para a viagem, postei no fórum motonline a minha intenção, quando prontamente nosso amigo e confrade Mário Sérgio se prontificou a nos acompanhar guiando-nos por aqueles caminhos desconhecidos.

Chegando em Curitiba liguei para o Mário e acertamos os detalhes do passeio e marcamos o local de ponto de encontro para a manhã do dia seguinte.

No dia 23/04/2011, encontramo-nos por volta das 9 horas, ainda em Curitiba. O Mário Sérgio sugeriu-nos fazer um caminho alternativo para chegarmos ao início da parte serrana da Estrada da Graciosa, sugestão que foi aceita imediatamente. Ele nos convenceu argumentando que passaríamos por um caminho diferente e bem mais atraente, recheada de curvas e diferente do caminho normal (BR 116) para chegar à Serra.

Estrada asfaltada e com inúmeras curvas deliciosas

Cruzando a Ponte do Arco, ponto turístico dos Caminhos Históricos da Serra

Seguimos pela BR 116 até à Cidade de Quatro Barras onde fica o início de parte do leito antigo da Estrada da Graciosa, que hoje é uma concentração de pontos turísticos chamados de “Caminhos Históricos da Serra”. Realmente uma bela estrada com ótimas curvas e lindas paisagens, onde paramos para belas fotos e conversar um pouco.

Paisagem de cartão postal, imagem capturada na estrada sugerida pelo Mário

No meio do passeio o Mário até fez um test drive na Ténere e gostou, em contrapartida pude desfrutar de alguns momentos pilotando a Mafalda, sua Sahara.

Oratório Anjo da Guarda

Continuamos a viagem até que chegamos ao início de descida da Serra do Mar, a Estrada da Graciosa propriamente dita, uma estrada bem estreita, com grande movimento de carros, pedestres, ciclistas de competição treinando e motos.

Paramos no primeiro mirante e nos deslumbramos com a bela vista das montanhas com a Baia de Paranaguá e Antonina ao fundo.

Primeiro mirante – ao fundo a Baia de Paranaguá

Estrada da Graciosa - Bela cascata no meio da Serra do Mar

Tiramos algumas fotos e continuamos pela estrada. Poucas curvas adiante nos deparamos com uma cachoeira muito bonita e com água cristalina.

Na sequência da viagem chegamos a um recanto chamado “Mãe Catira”, onde nos deparamos com uma ponte de ferro muito antiga, sob a qual passa o Rio Nhundiaquara, formando um belo cenário com muitas pedras e muito verde. Estava um dia muito quente e a vontade de entrar na água foi grande, mas não estávamos preparados com roupa de banho.

Eu, a Luciana, minha esposa e o Mário, nosso guia

Recanto Mãe Catira – ponte metálica sobre o Rio Nhundiaquara

Rio Nhundiaquara – foi difícil resistir à vontade de cair n’água

Mais adiante, num lugar chamado “Porto de Cima” outra ponte muito bonita que só permite a passagem de carros em um sentido de cada vez pois só tem uma pista. Sob a ponte, novamente o Rio Nhundiaquara formando uma pequena praia com piso revestido de seixos, local urbanizado e frequentado por grande número de pessoas tomando banho nas águas cristalinas do rio.

Em Porto de Cima (Morretes), atravessando a ponte

Continuamos até a cidade de Morretes (que ainda sofria reflexo das recentes enchentes), uma cidade muito quente e aconchegante onde compramos algumas balas de banana (especialidade local) e cocadas.

Neste ponto do passeio o Mário nos ofereceu duas alternativas de retorno a Curitiba, uma curta e outra mais longa, passando por algumas cidades do litoral paranaense. Como bons motociclistas que somos, claro que escolhemos o caminho mais longo.

Nosso passeio teve sequência por belas estradas, passando pelos balneários de Matinhos e Caiobá, onde embarcarmos no ferry-boat que liga Caiobá a Guaratuba, parte marcante do passeio pelo belo cenário oferecido pela Baia de Guaratuba.

No ferry-boat que faz a ligação entre Caiobá e Guaratuba – Baia de Guaratuba

Logo depois da cidade de Guaratuba paramos para almoçar em um restaurante à beira de estrada, bem movimentado e com uma ótima feijoada.

Pit-stop para o almoço, comida boa e barata

Após um breve descanso, rodas na estrada, até que me deparei com a placa de divisa de estados de Santa Catarina e Paraná, claro que essa placa teria que entrar para o meu álbum de fotos da viagem.
Como o Mário seguia à frente, acelerei um pouco mais para alcançá-lo e pedi que retornássemos para tirar a desejada foto.

Prova irrefutável de que estivemos lá

Foto tirada, continuamos o caminho até à BR 376, por onde retornaríamos a Curitiba, sempre fugindo fugindo de um “pé d’agua” que se formava no horizonte e se aproximava cada vez mais da gente, mas que por sorte não nos alcançou.

Chegamos a Curitiba por volta das 16 horas (pelo que me lembro). Foi um excelente dia e uma ótima viagem.

Agradeço ao nosso amigo Mário pelo espirito de ajudar e fazer esse belo roteiro, agradeço também à minha esposa Luciana que sempre me acompanha em minhas viagens e também já está viciada em motocicletas e o prazer que elas nos proporcionam.

Espero que tenham gostado desse relato e recomendo essa viagem a todos!!!!

Um abraço desse confrade do Sudeste, que espera também poder ajudar a quem precisar, seja daqui ou de qualquer parte desse nosso Brasil.

Enviado por Ricardo Oliveira ( Rock Ténéré)